domingo, 20 de maio de 2012

António Zambujo - Flagrante



Bem te avisei, meu amor

Que não podia dar certo
Que era coisa de evitar
Que como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto
Alguém fosse reparar

Mas não!
Fizeste beicinho e
Como numa promessa
Ficaste nua para mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?

Embora tenha jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós

Nem dei por o que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão
A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão

Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
Que era coisa de evitar
Que como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto
Alguém fosse reparar

Mas não!
Fizeste beicinho e
Como numa promessa
Ficaste nua para mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?

Embora tenha jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós

Nem dei por o que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão
A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão

A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão

A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão

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