domingo, 4 de dezembro de 2011

Mesa - Luz vaga



Luz vaga
Luz vesga
A tua cruz
Já não sai da cama a minha luz
Da sala, do quarto

Pilha a palavra
Troca a quantidade do assunto modal
A tensão está normal
O lábio fora da boca
A boca fora do mal

Os teus olhos não são de gente
O teu ar foge para cima
Tens a perna no cimento
Tens a mão no pensamento

Ciclope
Cicloturismo
Na parte de fora
Na nesga do abismo imaginário que remete
Para onde ainda não fui

Convite ao universo
Com a tua própria câmara
Fecho a luz num olho
Prego a tábua à sensação

Som da casa, quando não estás

Dancei para te ver aqui
Eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar?
Sim. Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar
Tenho uma corda acesa prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério
Vou saltar em teu lugar

Sei que nada mais pode me ajudar

Atrasa o passo
Leva o lenço à boca
Fica na mira do choque frontal
Não é doença, é um animal
Um ruído feito no acto de fingir
Seres mau, mesmo a dormir

Dancei para te ver aqui
Eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar?
Sim. Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar
Tenho uma corda acesa prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério
Vou saltar em teu lugar

Vou saltar em teu lugar
Dancei para te ver aqui

Dancei para te ver aqui
Eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar?
Sim. Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar
Tenho uma corda acesa prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério
Vou saltar em teu lugar

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