domingo, 28 de novembro de 2010

Rui Veloso - Porto Côvo



Roendo uma laranja na falésia
Olhando um mundo azul à minha frente
Ouvindo um rouxinol na redondeza
No calmo improviso do poente

Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como pratas
E a brisa vai contando velhas lendas
De portos e baías de piratas

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem por amor se matou novo
Aqui no lugar de Porto Côvo

A lua já desceu sobre esta paz
E reina sobre todo este luzeiro
À volta toda a vida se compraz
Enquanto um sargo assa no braseiro

Ao longe a cidadela dum navio
Acende-se no mar como um desejo
Por trás de mim o bafo do estio
Devolve-me à lembrança o Alentejo

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem por amor se matou novo
Aqui no lugar de Porto Côvo

Roendo uma laranja na falésia
Olhando à minha frente o azul escuro
Podia ser um peixe na maré
Nadando sem passado nem futuro

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem por amor se matou novo
Aqui no lugar de Porto Côvo

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Kings of Leon - Cold Desert



I'm on the corner waiting for a light to come on
That's when I know that you're alone
It's cold in the desert, water never sees the ground
Special unspoken without sound

Told me you love me, that I'd never die alone
Hand over your heart, let's go home
Everyone noticed, everyone has seen the signs
I've always been known to cross lines

I never ever cried when I was feeling down
I've always been scared of the sound
Jesus don't love me, no one ever carried my load
I'm too young to feel this old

Here's to you, here's to me
On to us, nobody knows
Nobody sees, nobody but me

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

João Pedro Pais - Mais que uma vez



Da próxima vez, vou estar atento à tua fisgada
Encruzilhar-me na tua bancada
Ficar num canto e não me mexer

Mais uma vez, vou seguir todos os teus caminhos
Fugir fingindo que me vês sorrindo
P'ra te fitar quando eu puder

Quero ser personagem de banda desenhada
Onde me assumo numa cena errada
E em que todos me vão descobrir

Quero ficar um pouco mais dentro do teu casulo
Faço de conta, que sou teu e tu és meu assumo
Onde me entrego e tu te dás a conhecer

Que ninguem vá, onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou

Da próxima vez vou querer toda a tua atenção
Vou esperar que me estendas a mão
E que me deixes cair a seguir

Mais que uma vez puseste à prova o teu sexto sentido
Depois dás o dito por não dito
Como eu gostava de te compreender...

Quero ser a solução do teu problema
Participando nesse mesmo esquema
Que só tu sabes entender

Queria ter só um pouco desse teu talento
Tiro as vogais e ponho os acentos
Estou preparado para o que der e vier

Que ninguém vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou

Que ninguem vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou

Que ninguem vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou